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A sabedoria da não-violência
Jean-Yves Leloup escreveu este artigo em novembro de 2015, após os atentados que ocorreram em Paris no dia 13 daquele mês. Suas palavras, no entanto, servem para qualquer lugar e qualquer tempo. "Ao invés de lutar contra o mal, quer dizer colocar-se a seu nível, compartilhar mesmo sem querer sua energia destrutiva, seria provavelmente mais sábio fortificar em nós o bem ou aquilo que consideramos como o melhor. Fortificar o que é sadio pode nos libertar de dentro, daquilo que nos torna doente. Não há nada a se temer de seres sãos, com coração aberto e inteligência desperta, sejam eles ateus, muçulmanos, judeus ou cristãos, quaisquer que sejam sua raça, sua idade, seu partido político, sua riqueza, sua pobreza... Tem-se tudo a temer de seres doentes ou insanos, com coração fechado e inteligência limitada, sejam eles ateus, muçulmanos, judeus ou cristãos, quaisquer que sejam sua raça, sua idade, seu partido político, sua riqueza, sua pobreza... Nossa ação terá portanto por objetivo fortificar em nós e em tudo que nos rodeia a saúde, a abertura do coração e o despertar da consciência; contra tais realidades, a estupidez, a violência, o ódio nada podem, ao contrário, o que aparecer no caminho será considerado como provação, oportunidade de crescer em sabedoria e em amor, pelo menos não acrescentará mal ao mal, sofrimento ao sofrimento, ódio ao ódio... Essa força e essa sabedoria de um vencedor que não faz vencidos, nem vítimas, será ela possível? Podemos imaginá essa possibilidade (acreditar nela), e depois vivê-la, realizá-la: "Você pode!" nos dizem todos os santos, todos os sábios e os terapeutas de nossa humanidade sempre em transformação". |